quinta-feira, 19 de maio de 2016

Registro. Divaldo Pereira Franco na Europa -2016 Zurique, Suiça

Zurique, 16 de maio de 2016
Na última segunda-feira, dia 16, o médium e orador espírita Divaldo Franco realizou uma conferência na cidade de Zurique, no auditório do G19 Stiftung, encerrando o ciclo de atividades doutrinárias na Suíça.
O evento contou com a participação de mais de 150 pessoas e teve como tema “É Possível ser Feliz!”.
A conferência foi iniciada com a consideração de que a felicidade possui nuances e matizes muito diferentes, de maneira que não pode ser entendida algo estático, linear e padrão para todas as pessoas; o que representa a felicidade para uns, não necessariamente tem o mesmo sentido para outros.
Isso já teria sido constatado e divulgado para o antigo povo de Israel, conforme a orientação contida no livro de Eclesiastes, no Antigo Testamento: “A Felicidade não é deste mundo”. Jesus também teria se referido a essa conclusão. Por “deste mundo”, deveríamos entender que a felicidade não está nas coisas materiais, mas sim dentro do indivíduo, o ser espiritual.
Tais colocações levar-nos-iam a pensar sobre onde ou como encontrar a felicidade, não em sua forma fugaz, passageira, mas a felicidade da alma, perene.
De forma a suscitar reflexões mais profundas a respeito do tema, Divaldo narrou um pouco da história de Zainab Salbi, autora iraquiana, humanista, defensora dos direitos das mulheres. Ela nasceu no Iraque, filha de um piloto de avião de confiança do ex-ditador Saddam Hussein. A jovem foi enviada para os EUA após a mãe perceber que o ditador houvera interessado-se sexualmente pela filha. Na América, a moça fora prometida em casamento para um rapaz, que não conhecia, conforme hábito da cultura de seu povo. Casou-se, mas seu marido revelou-se um psicopata, violentando-a de todas as formas. Finalmente conseguiu divorciar-se. Começou nova vida e casou-se por segunda vez. A partir daí, passou a interessar-se pela situação das mulheres nos Estados Unidos, mais tarde, também pelas mulheres na África e em outras partes do mundo. Em viagem ao Congo, conheceu uma mulher cuja vida mudou mais uma vez a sua. A congolesa fora vítima de estupro coletivo de um exército muçulmano radical e narrou seu drama à Zainab, que encheu-se, então, de coragem para também narrar a sua história à Humanidade, denunciando os crimes praticados contra as mulheres e contra os seres humanos. Depois de uma outra experiência relacionada a campos de estupro nos Balcãs, Zainab decidiu criar com seu marido uma Organização Internacional para atender às mulheres violentadas. E, segundo asseverara, foi apenas quando deu-se conta do que poderia fazer para socorrer às dores alheias e, efetivamente, passou a promover o bem aos outros, que encontrou a felicidade dentro de si. Sua organização atua hoje em diversos países.
A partir dessa narrativa, recorreu-se à Filosofia para ampliar a compreensão da realidade humana. Afinal, seria, realmente, possível, ser feliz? Desde o período pré-socrático, os pensadores depararam-se com um denominado obstáculo à felicidade: a morte. O que ela seria? O que existiria antes e depois dela? A morte anularia ou interromperia qualquer projeto ou experiência de felicidade? Quatro principais propostas filosóficas sobre a felicidade foram estudadas.
A primeira, fundada nos ensinos de Epicuro de Samos, que defendia que a felicidade estaria no "ter" (coisas, posição social, fama etc). Mas, essa hipótese seria desmentida pelos tormentos que carregam muitos daqueles que têm posses e também os consumistas. A segunda, criada por Diógenes de Sinope, que dizia que as pessoas tinham medo de perder as suas posses, o que lhes causava angústia e outros transtornos, de maneira que a felicidade consistiria em não ter nada. Considerando, no entanto, que muitos são verdadeiramente escravos até daquilo que não tem, criando ambições, expectativas, que lhes obstaculizam o fruir da felicidade, essa teoria, então, não poderia subsistir. A terceira, fundada nos ensinamentos do Estoicismo, criado por Zenão de Cítio, propunha que a felicidade estaria na coragem de enfrentar-se a dor moral e física sem queixas, sem esmorecimento, sem sofrer, abandonado ao destino, de maneira impassível. Essa teoria também não poderia corresponder à vivência da real felicidade, uma vez que os seres humanos ainda trazemos em nós diversos conflitos, passamos por desafios, temos limites que devem ser respeitados e, ademais, a dor ainda faz parte de nossas experiências evolutivas. Enfim, Divaldo analisou a proposta do filósofo grego Sócrates, que afirmou que a felicidade consiste em "ser". Sócrates, perfeitamente consciente de que o ser humano é o Espírito imortal, que está na Terra temporariamente, utilizando-se de um corpo físico para realizar o seu processo evolutivo, ensinava que os indivíduos deveriam buscar conhecerem-se a si mesmos, a sua realidade espiritual, a fim de encontrarem a real felicidade.
Nesse sentido - destacou o palestrante-, Allan Kardec, na obra O Livro dos Espíritos, apresentou a orientação segura dos Espíritos nobres para que os seres humanos buscassem o autoconhecimento e a autoiluminação, a fim de que pudessem eliminar de si mesmos as imperfeições morais e, assim, gozar de harmonia, paz e, portanto, de felicidade.
Foi afirmado que a felicidade é vítima de 3 “ladrões”, isto é, de 3 fatores que lhe são impeditiva: vergonha, que invariavelmente conduz à autopunição e ao masoquismo; a autocompaixão, que nos remete à vitimização; e, a culpa, que nos deprime.
Além disso, com base na obra do psicólogo americano Rollo May, o médium tratou a respeito do grande vazio existencial que tem levado incontáveis vidas à depressão e, após, ao suicídio. O individualismo, a sexolatria, o consumismo, o imediatismo, o materialismo, seriam grandes chagas a causarem terrível destruição na sociedade. As pessoas e os relacionamentos, de toda ordem, teriam tornado-se descartáveis em grande parte das vezes, o que denotaria um conduta mais animal e instintiva do que lógica, humana, afetiva. Diante desse panorama aterrador, seria urgente trabalharmos em favor de nossa Humanização e da espiritualização da matéria.
Divaldo encerrou a conferência afirmando que ser feliz é perfeitamente possível, desde o momento presente, desde que confiemos em Deus, amemos ao próximo e a nós mesmos, perdoemos as faltas alheias e as nossas próprias, sonhando sonhos possíveis, vislumbrando a vida futura, a espiritual, em plenitude, e realizando os esforços para liberarmo-nos de nossas imperfeições morais. Porque, afinal, “Deus nos criou para a felicidade”, disse o médium, e “somos a célula do Universo e a harmonia do Todo”.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)



Espanhol

DIVALDO FRANCO EN EUROPA – 2016.
Zurich, 16 de mayo de 2016.


El pasado día lunes 16, el médium y orador espírita Divaldo Franco pronunció una conferencia en la ciudad de Zurich, en el auditorio del G19 Stiftung, con lo que completó el ciclo de actividades doctrinarias en Suiza.
El acto contó con la participación de más de 150 personas, y el tema desarrollado fue: ¡Es posible ser feliz!
La conferencia dio comienzo con la reflexión acerca de que la felicidad posee matices, y matices muy diferentes, de manera que no puede ser entendida como algo estático, lineal, ni existe un modelo válido para todas las personas: lo que representa la felicidad para algunos, no necesariamente tiene el mismo sentido para otros.
Ese concepto ya habría sido constatado y divulgado al antiguo pueblo de Israel, de conformidad con la expresión contenida en el libro del Eclesiastés, en el Antiguo Testamento: La felicidad no es de este mundo. Jesús también habría hecho referencia a esa conclusión. Por de este mundo, deberíamos entender que la felicidad no está en las cosas materiales sino dentro del individuo, el ser espiritual.
Tales manifestaciones nos conducirían a pensar acerca de dónde o cómo encontrar la felicidad, no en su forma fugaz, transitoria, sino en la continua felicidad del alma.
De modo de suscitar reflexiones más profundas con respecto al tema, Divaldo narró un fragmento de la experiencia de Zainab Salbi, autora de origen irakí, humanista, defensora de los derechos femeninos. Ella nació en Irak; era hija de un piloto de aviación, hombre de confianza del ex-dictador Saddam Hussein. La joven fue enviada a USA después de que su madre percibiera que el dictador estaba interesado sexualmente en su hija. En América, la joven fue prometida en casamiento a un muchacho al que no conocía, según las costumbres culturales de su pueblo. Se casó, pero su marido resultó un psicópata, que ejercía violencia sobre ella en todas las formas. Finalmente, consiguió divorciarse. Comenzó una nueva vida y contrajo matrimonio por segunda vez. A partir de ahí, comenzó a interesarse por la situación de las mujeres en los Estados Unidos, y más tarde también por las mujeres en África, y en otras partes del mundo. En un viaje al Congo, conoció a una mujer cuya vida cambió una vez más la suya. La congolesa había sido víctima de estupro colectivo por parte de un ejército musulmán radical, y narró su drama a Zainab, quien entonces se llenó de coraje, para narrar también su historia a la humanidad, denunciando los crímenes practicados contra las mujeres y contra los seres humanos en general. Después de otra experiencia relacionada con campos de estupro en los Balcanes, Zainab decidió crear -junto con su marido- una Organización Internacional para atender a las mujeres violadas. Y, según su propio relato, fue cuando se dio cuenta de lo que podría hacer para aliviar los padecimientos ajenos y, efectivamente, comenzó a promover el bien de los otros, porque encontró la felicidad dentro de ella misma. Actualmente, su organización funciona en diversos países.
A partir de esa narración, Divaldo recurrió a la Filosofía, para ampliar la comprensión de la realidad humana. Finalmente, ¿sería posible, en realidad, ser feliz? Desde el período pre-socrático, los pensadores se encontraron con lo que denominaron un obstáculo para la felicidad: la muerte. ¿Qué sería esta? ¿Qué existiría antes y después de ella? ¿La muerte, anularía o interrumpiría los proyectos o la experiencia de la felicidad? Se estudiaron -seguidamente- cuatro principales propuestas filosóficas sobre la felicidad.
La primera, fundada en las enseñanzas de Epicuro de Samos, que sostenía que la felicidad residiría en el tener (cosas, posición social, fama etc.). Pero, esa hipótesis sería desmentida por los tormentos de que son portadores muchos de aquellos que tienen posesiones, y también por los consumistas. La segunda, creada por Diógenes de Sinope, que decía que las personas tenían temor de perder sus posesiones, lo que les causaba angustia y otros trastornos, de manera que la felicidad consistiría en no ter nada. Considerando, mientras tanto, que muchos son verdaderamente esclavos, incluso de aquello que no tienen, creando ambiciones, expectativas que significan obstáculos para que disfruten la felicidad, esa teoría, entonces, no podría prosperar. La tercera, fundada en las enseñanzas del Estoicismo, creado por Zenon de Citio, proponía que la felicidade residiría en el coraje de enfrentarse al dolor moral y físico sin quejas, sin desfallecer, sin sufrir, entregándose al destino de una manera imperturbable. Esa teoría tampoco podría corresponder a la vivencia real de la felicidad, dado que los seres humanos aún somos portadores de diversos conflictos, atravesamos desafíos, tenemos límites que deben ser respetados y, además, el sufrimiento aún forma parte de nuestras experiencias evolutivas. Por último, Divaldo analizó la propuesta del filósofo griego Sócrates, quien afirmó que la felicidad consiste en ser. Sócrates, perfectamente consciente de que el ser humano es un Espíritu inmortal, que está en la Tierra transitoriamente, y que se vale de un cuerpo físico para realizar su proceso evolutivo, enseñaba que los individuos deberían proponerse el conocimiento de ellos mismos, su realidad espiritual, a fin de encontrar la auténtica felicidad.
En ese sentido -destacó el orador-, Allan Kardec, en la obra El Libro de los Espíritus, presentó la orientación segura de los Espíritus ilustres para que los seres humanos buscasen el autoconocimiento y la autoiluminación, a fin de que pudiesen eliminar de ellos mismos las imperfecciones morales y, de ese modo, gozar de armonía, paz y, por lo tanto, de felicidad.
Manifestó el orador que la felicidad es víctima de tres ladrones, es decir, de tres factores que constituyen impedimentos para experimentarla: la vergüenza, que invariablemente conduce a la autopunición y al masoquismo; la autocompasión, que nos remite a la victimización; y la culpa, que nos deprime.
Además, basado en la obra del psicólogo americano Rollo May, el médium trató acerca del gran vacío existencial, que ha conducido a numerosas vidas a la depresión y, posteriormente, al suicidio. El individualismo, la sexolatría, el consumismo, el inmediatismo, el materialismo, serían grandes llagas que ocasionan una terrible destrucción en la sociedad. Las personas y las relaciones, de toda clase, se habrían convertido en descartables, en gran parte de las veces, lo que evidenciaría una conducta más animal e instintiva que lógica, humana, afectiva. Ante ese panorama aterrador, sería urgente que trabajáramos a favor de nuestra humanización y de la espiritualización de la materia.
Divaldo dio por concluida la conferencia afirmando que ser feliz es perfectamente posible, a partir del momento presente, a partir de que confiemos en Dios, que amemos al prójimo y a nosotros mismos, que perdonemos las faltas ajenas y las propias, soñando sueños posibles, vislumbrando la vida futura, la vida espiritual en plenitud, y realizando esfuerzos para liberarnos de nuestras imperfecciones morales porque, finalmente, Dios nos creó para la felicidad, manifestó el médium, y somos la célula del universo y la armonía del Todo.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre
(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)