quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Registro. Divaldo Franco na Argentina Buenos Aires

Buenos Aires, 08 de novembro de 2017

Encerrando sua passagem pela Argentina Divaldo Pereira Franco e amigos foram recebidos pelos irmãos da Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, fundada no ano 1962 por Divaldo e alguns amigos. Na noite do dia 08 de novembro de 2017, os confrades desta Sociedade receberam o querido amigo Dr. Juan Danilo Rodríguez, apresentado por Divaldo que relembrou aqueles dias quando da fundação desta importante casa de Joanna de Ângelis, em Buenos Aires. Dr. Juan é médium, psicólogo, médico de família, fundador do primeiro centro espírita de Quito, no Equador, onde também fundou e mantém uma organização voltada a terapia e cura do autismo.
Juan Danilo, falando sobre a alma, desde a antiguidade, destacou a trajetória dos gregos, dos povos romanos, até chegar na figura de Jesus, asseverando que todos trazemos feridas na alma. Citando Allan Kardec com a concepção de que há vida após a morte orgânica, inaugurou a era do pensamento e da saúde da alma. Desta forma a Doutrina Espírita vem auxiliar, não apenas a ter fé, mas a compreender a fé, crendo, mas sabendo por que crê. Comparando os pensamentos de Lao-Tsé e Buda, destacou que somente Jesus falou do amor, esta força que nos ajuda a viver e a superar qualquer conflito.
Discorrendo sobre o amor, Dr. Juan narrou suas próprias experiências de sofrimento e dor, afinal, órfão, vivenciou muitos desafios, quase sempre na ausência de carinho, de amor, de um abraço amigo. Quem de nós não quer ser amado, questionou o querido palestrante. Citando a pergunta 487 de O Livro dos Espíritos fez referência ao limitador do amor, o egoísmo, que nos leva a pensamentos equivocados pela nossa pouca evolução.
As feridas da alma surgem em variadas etapas de nossas vidas, afirmou, carregamos estas feridas, projetando-as muitas vezes naqueles que convivem conosco ou que cruzam o nosso caminho. Todos temos feridas emocionais que nos limitam os passos. Dando destaque aos ensinamentos da benfeitora Joanna de Ângelis, asseverou que quando somos maduros psicologicamente, amamos e procuramos dar de nós mesmos, porém, quando ainda somos crianças psicológicas, desejamos essencialmente sermos amados, tal como crianças feridas.
Através de narrativas de algumas de suas vivências, Juan Danilo trouxe através do seu verbo a simplicidade, a humildade, os valores verdadeiros que hoje escasseiam na medida que aumenta o vazio existencial. Falou dos caminhos que adotou para curar as feridas de sua alma, para poder, só então, falar aos irmãos do caminho, olhando-os na face com a tranquilidade daquele que busca expor sobre o seu próprio modo de viver.
O querido orador chamou a atenção sobre como as coisas simples da vida podem nos fazer muito bem, agindo com naturalidade, com simplicidade, sem preocupações excessivas. Nossa compreensão moral, nossa ética é o que nos define. Jesus definiu a ética convidando-nos a amar Deus e ao próximo como a nós mesmos. Os problemas que surgem em nossas vidas, em verdade, são crises curativas que nos ajudam a avançar e a nos fortalecer.
Juan Danilo é alguém que fala com o coração aos corações. Suas emoções e reflexões profundas a todos sensibilizaram, criando uma psicosfera de profunda harmonia e paz. Ao encerrar sua conferência todos estavam emocionados. Pairavam no ar júbilos de alegria.
O querido amigo Divaldo Franco, retomando a palavra, encerrou as atividades da noite convidando a todos para reflexões mais aprofundadas sobre a temática abordada. O Semeador de Estrelas, juntamente com o Dr. Juan, atendeu a todos que os buscaram para autógrafos e saudações fraternais.
Desta forma, encerrado o encontro, assomou-nos à mente a humilde gruta de Calcário, que na sua simplicidade recebeu o maior de todos os seres que já pisou no planeta, Jesus. A casa de Joanna de Ângelis, na capital argentina Buenos Aires, apesar de pequena faz lembrar uma família que se reúne para orar. Os verdadeiros valores do homem de bem, a amizade e a fraternidade de irmãos, ali encontramos logo que adentramos nesta verdadeira oficina de amor.
Assim se encerrou o breve roteiro do Semeador do Cristo, Divaldo Franco, em solo argentino, que prossegue, no limite de suas forças, a semear, atendendo ao chamado do Cristo de Deus.
                                         Texto: Ênio Medeiros
                                        Fotos: Mayra Cortés

(Informações recebidas em email de Jorge Moehlecke)

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Registro. Divaldo Franco na Argentina Buenos Aires

07 de novembro de 2017
Retornando à sede da Confederación Espiritista Argentina - CEA -  na noite de terça-feira, 07 de novembro de 2017, Divaldo Franco, dando prosseguimento ao roteiro doutrinário pela Argentina, discorreu sobre a temática dos conflitos existenciais para o atento público que lotou as dependências da CEA.
Inicialmente apresentou o querido amigo Dr. Juan Danilo Rodríguez, espírita, médico de família e psicólogo, residente em Quito, no Equador, autor do livro Alliyana, voltado ao auxílio aos portadores da síndrome autista. Dr. Juan Danilo é exemplo da grandiosidade da Doutrina Espírita. Seu trabalho diante dos autistas é comovedor, despertando o interesse de Divaldo que foi pessoalmente à Quito conhecer este trabalho extraordinário.
Adentrando-se na temática dos conflitos, o ínclito orador afirmou que o mais notável desafio da criatura humana, é a própria criatura humana.  Citando Emilio Mira y Lopez, (1896-1964), sociólogo, médico psiquiatra, psicólogo e professor, referiu-se aos níveis de consciência: a Personalidade, a Identidade, o Conhecimento, a Consciência, e a Individualidade. Todos os indivíduos possuem conflitos em suas existências, eles fazem parte da estrutura intelecto-moral.
Narrando as próprias experiências relativas aos conflitos vivenciados ao longo de sua vida, apresentando sempre as bases da Doutrina Espírita, adentrou-se na reencarnação, que explica todas as aparentes "anomalias" que surpreendem a vida. Enriquecendo sua lúcida abordagem, discorreu sobre as experiências de sofrimentos e dores atrozes vividas pelos irmãos do caminho que o buscam como trabalhador de Jesus. Socorreram-se em Divaldo para obterem um conselho e o acolhimento de irmão verdadeiro, aquele que vive o Evangelho e pratica a caridade como ensinou Jesus.
Naturalmente suas narrativas são, de certa forma, um quadro vivo, levando a atenta plateia à emoção, tocando-os nas fibras íntimas da alma, trazendo exemplos de vivências de muito sofrimento, loucura e dor. Quando Divaldo, este homem extraordinário, este amigo, irmão, entra em nossas vidas, como portador do mais importante de todos os títulos, o de trabalhador fiel a Jesus, e trilhando os caminhos da Doutrina Espírita, libertadora e consoladora, ajuda-nos a despertar para a realidade mais profunda do ser, a de Espíritos imortais.
A plateia parecia não respirar, completamente absorvida pela emoção das narrativas, onde cada pensamento era perfeitamente trabalhado à luz dos conceitos da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus. A reencarnação é o amor do Pai promovendo a evolução dos filhos amados.
A ciência espírita é isso, todos possuem conflitos, e como viajantes do caminho aperfeiçoam-se pelo trabalho incessante. A vida, afirmou Divaldo, está dividida entre Narciso e Buda, ou seja, entre o Egoe o Self. Todos somos irmãos pela fraternidade universal, é necessário realizar a mudança interior para melhor, aprender a repartir, compartilhar com os irmãos do caminho. Jesus necessita e espera por nós, como nós necessitamos do seu infinito amor.
Com frases-conceito, Divaldo foi elucidando. Todos temos sede de amor, o amor se basta. Cada alma é uma individualidade que pensa e não deve julgar ninguém, afinal, não conhecemos nem a nós mesmos. Citando o ínclito codificador do Espiritismo, Allan Kardec, fez referência a pergunta 919 de O Livro dos Espíritos, chamando a atenção para a urgente necessidade do autoconhecimento ensinado por Santo Agostinho. O amor liberta os indivíduos do seu próprio ego, promovendo a felicidade, porque Deus é amor. Nos momentos difíceis, recordar-se de Deus. Vale a pena viver, e para viver é necessário amar.
Ao encerrar, o incansável seareiro do Cristo conduziu a atenta plateia a um clima de sensibilidade e emoção, embargando a todos. Seus exemplos, suas vivências, trouxeram ânimo novo para que também busquemos estes caminhos assinalados por Divaldo com base em sua própria experiência.
Este é Divaldo Franco, o Semeador de Estrelas.
                                        Texto: Ênio Medeiros
                                        Fotos: Mayra Cortés
 (Recebido em email de Jorge Moehlecke)

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Registro. Divaldo Franco na Argentina Buenos Aires

06 de novembro de 2017
Na noite de segunda-feira, 06 de novembro de 2017, após ter deixado a capital dos gaúchos, no Brasil, Divaldo Pereira Franco rumou para a capital da Argentina, Buenos Aires, na companhia de amigos. Ao desembarcar, foi recebido pelos queridos confrades Gustavo Martinez, presidente da Confederación Espiritista Argentina - CEA -  e Melciades Lezcano, do Paraguai.
Rapidamente se acomodaram no hotel, rumando de imediato para a sede da CEA onde já o aguardavam cerca de 300 pessoas ansiosas pelos esclarecimentos deste arauto do Evangelho. A chegada na sede da Confederación se constituiu em um momento de reencontro com velhos e queridos amigos, afinal, Divaldo já visita regularmente o vizinho país há mais de 50 anos, período onde lá fundou diversas Sociedades Espíritas.
Logo se fez um clima efusivo de amizade e alegria, ali estavam espíritas do Equador, do Uruguai, do Paraguai, do Brasil e da Argentina, naturalmente, contagiando a todos, pois que, aquele que abraça a Doutrina Espírita e a busca estudar, aprofundar e vivenciar seus postulados, logo desperta para valores que preenchem e dão ânimo novo e alegria de viver.
Portador do verbo inflamado de seareiro comprometido com Jesus, Divaldo Franco transferiu as homenagens recebidas aos pioneiros do Espiritismo na Argentina, almas corajosas que ousaram fincar a bandeira da Doutrina Espírita neste solo, que prossegue iluminando consciências e dulcificando corações, bem como à Allan Kardec e a Doutrina Espírita.
O eminente orador fez todo um retrospecto na historia da Psiquiatria na Universidade de Salpêtrière, em Paris/França, e do jovem médico que ficou conhecido como o pai da psiquiatria, Philippe Pinel (1745-1826), e daqueles ditos LOUCOS que se encontravam aprisionados nos porões fétidos da Universidade, pelo crime de serem portadores de enfermidades mentais.
Aprofundando a temática, apresentou toda a trajetória da depressão, enfermidade que assola considerável números de pessoas nos dias atuais, estando classificada como pandemia. Igualmente discorreu sobre a esquizofrenia e a psicologia em seus amplos aspectos. Enunciou os trabalhos desenvolvidos por Paul Pierre Broca (1824-1880), cientista, médico, anatomista, descobridor do centro do uso da palavra no cérebro humano. Sua descoberta é fruto de seus estudos sobre os cérebros dos pacientes com incapacidade de falar. Outro ponto de destaque foi a descrição e a utilização da técnica e do emprego do eletrochoque como tratamento de diversas patologias inerentes ao cérebro humano.
Citando Allan Kardec e O Livro dos Médiuns, capítulo XXIII, adentrou-se pelo campo das obsessões, sempre norteando sua fala com referências às obras fundamentais do Espiritismo. Allan Kardec, destacou o orador, é o exemplo que deve ser seguido por todo expositor espírita, afinal, falar sobre a Doutrina Espírita sem utilizar-se das obras fundamentais e do seu Codificador faz com que haja um afastamento do caminho seguro que estes livros basilares representam.
Salientou que o Espiritismo é uma ciência. Uma ciência de vida, que explica por que os indivíduos sofrem, por que tem dores, que afinal, são bênçãos que Deus envia aos seus eleitos, assinalando que algo não está bem. Então, como solucionar? Mudando de vida, buscando em si mesmo a mudança moral para melhor. O espiritismo aproxima os homens de Jesus, que é o guia, o modelo para a humanidade.
Ao modificar para melhor os hábitos, os indivíduos conscientes deixam para trás as ondas mentais infelizes. Em seus aprofundados estudos, contatos amiúdes com Espíritos benfeitores e grande vivência, Divaldo Franco esclarece que todos possuem inimigos, no corpo ou fora dele, porém, o mais importante é NÃO SER inimigo de ninguém, é não carregar mágoas ou ódios, que somente infelicitam e enfermam.
É necessário vigiar, observar e após orar, portanto, Allan Kardec é o Philippe Pinel, que libertou a humanidade das obsessões. Se hoje experimentas o sofrimento, paciência, pois amanhã estarás melhor na medida dos esforços e das escolhas que fizeres para o bem.
Ao encerrar a belíssima conferência, que foi também uma aula de psiquiatria, psicologia e mediunidade, Divaldo recitou o poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, que a todos emocionou, promovendo um clima de harmonia. Dúlcidas vibrações pairavam no ar. Foram momentos que pareciam a eternidade, comovendo às lágrimas, havia um sentimento de gratidão a este trabalhador incansável do Evangelho de Jesus, que colocando as mãos no arado do trabalho no bem, nunca mais olhou para trás, e o semeador saiu a semear...
    Texto: Ênio Medeiros
    Fotos:  Mayra Cortés e Ênio Medeiros


(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Divaldo Pereira Franco no Rio Grande do Sul Porto Alegre

9º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, 05 de novembro de 2017
Atendendo a agenda do 9º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul, Divaldo Franco esteve reunido com os jovens, no período matutino, respondendo perguntas adrede preparadas. Historiando a participação dos jovens na codificação do Espiritismo, o dinâmico orador destacou a importância e a responsabilidade que os jovens possuem na transformação da humanidade, conduzindo-se com lisura e honradez. As questões de pânico, de ansiedade, de medo, de timidez, ou de extroversão, sempre que escapem, essas ocorrências, a normalidade, assumindo características patológicas, devem ser atendidos, os seus portadores, com as terapias psicológicas e espiritual, concomitantes.
Aos jovens está destinada uma tarefa de vital importância no processo de transição planetária, devendo se aprofundarem no autoconhecimento, modificando os hábitos perniciosos, que sempre são mais fáceis de assimilação, e que geralmente são copiados dos demais, esforçando-se em adquirir virtudes.  Nunca faça nada escondido que não possa falar para a sua mãe, aconselhou o nobre amigo.
Para as relações interpessoais e para as circunstâncias da vida não é necessário o uso de estimulantes farmacológicos, drogas, álcool, etc. Para viver na Nova Era que já está em curso, é preciso estar bem intimamente, adquirindo consciência. O verdadeiro papel da mulher é superar a vulgaridade. O aprendizado se dará por etapas, em um processo que inclui obrigatoriamente experimentar questões negativas e positivas – erro e acerto, construindo hábitos melhores, saudáveis.
O papel do jovem é antecipar a transição, construindo a Nova Era com atitudes corretas e que sirvam de bons exemplos para os demais, aí está o papel do jovem espírita, que com sua conduta ilibada, sinalizará aos outros, pelo exemplo, a excelência da Doutrina Espírita. Ao sentir necessidade de estímulos, para essa ou aquela circunstância da vida, apelar para Deus, falando com Ele pela prece sincera.
Para cada situação de tristeza, há outra de alegria, para cada porta que se fecha, há outras disponíveis e acessíveis. Cada indivíduo é responsável pela sua escolha, bem como o tempo em que irá permanecer naquela situação selecionada. A superação das crises se dará pela observância de o Evangelho de Jesus, a orientação segura. A mediunidade e suas diversas manifestações, o medo da morte, o cérebro humano, foram outros pontos desenvolvidos, explicando que o medo deve ser superado pelo raciocínio, por exemplo, a respeito do viver e do morrer.
As diversas expressões sexuais e as relações familiares fizeram parte do diálogo fecundo com Divaldo Franco. Disse ele que todos possuímos marcas profundas – os arquétipos na expressão de Carl Gustav Jung. Tomando por base as questões 200 a 202 de O Livro dos Espíritos, Divaldo se expressou dizendo que cada indivíduo é constituído de anima e animus e, através da predominância de um, o ser se expressa nas relações humanas. As diversas reencarnações vão estabelecendo essa predominância na matéria. A prática sexual depende do caráter, é opção do indivíduo, que reflete seu caráter. A questão que ora se debate na sociedade humana, o do gênero, destacou o médium baiano que há o gênero biológico e o psicológico, patrimônios do Espírito reencarnado. Os conflitos psicológicos, experimentados inicialmente, evoluem para os de ordem patológica. As ações é que diferenciam as características de cada um.
É indispensável o equilíbrio, respeitando a anatomia, observando sua psicologia. A inclinação emocional deve ser trabalhada com o exercício da ética, do respeito. A homossexualidade - feminina e masculina -, na Nova Era será uma necessidade para que os indivíduos recuperem o equilíbrio, sempre observando a beleza, as conquistas morais, onde a anatomia e as emoções caminhem juntas para o equilíbrio. O bem proceder entre os parceiros produz harmonia, enquanto que a perversidade desarmoniza.
A providência divina está sempre favorável as criaturas de Deus. Ante um desafio, o recurso para que se busque a solução da providência divina é orar. Abrir a boca da alma para que Deus a encha de vitalidade, de valores nobres, preenchendo a alma. Conforme Joanna de Ângelis: Ora o homem a Deus, responde Deus pela inspiração, ajuda Deus o próximo através da solidariedade. Orar é preencher a alma de virtudes e vitalidades espirituais, vinculando-se com o Criador. A providência divina se apresenta, através de inúmeras formas, quando o indivíduo estiver em sintonia, em sincronicidade com Deus.
O sentimento de gratidão deve ser desenvolvido, valorizando o que somos e o que temos, bem como as intercorrências da vida, boas, más, ou as que não aconteceram, mas que poderiam ter acontecido, de todas retirando ensinamentos. Em todo o lugar há a providência divina, tocando a vida das criaturas, endereçando-as a plenitude. Assim, antes de qualquer decisão, ore, lembrando que Deus não está lá, está dentro de cada um, está em nós. Lembre-se, a juventude passa muito rápido. Não esqueça, Deus nos ama.
Nomeando vários Espíritos desencarnado que ali estavam, notadamente os que trabalharam na seara da evangelização infanto-juvenil, Divaldo Franco disse que todos eles estão interessados, empregando esforços para que os jovens alcancem a plenitude e que não prejudiquem a suas vidas. As renúncias e a manutenção da integridade moral exigem sacrifícios que, em contrapartida produzem alegria de viver.
Vale a pena se comprometer, a ternura é duradoura, as sensações são fugazesA paz que já adquiri a dou a cada jovem presente, adotando-os e amando-os, assim se expressou o nobre amigo e conselheiro paternal. A emoção se fez presente em todos os corações, lágrimas foram vertidas. O amor estava presente através das dádivas que se derramavam, alcançando as almas sedentas de luz e harmonia.
Na sequência das atividades agendadas, Divaldo Franco concedeu uma entrevista para a RBS-TV, onde, entre outras colocações, destacou a importância de o homem desarmar-se, em todos os sentidos, para bem conviver, respeitando, tolerando, se equipando de compreensão. A violência, o sistema prisional, a valorização das virtudes e a contribuição da nova geração para a construção da mudança de padrões mais equilibrados, gerando uma sociedade mais justa, foram outros destaques abordados na entrevista.
Após mais de 1h30min concedendo autógrafos e estabelecendo rápidos diálogos, Divaldo Franco participou da roda de conversa com outros dirigentes espíritas, cuja representação máxima foi a de Jorge Godinho Barreto Nery, Presidente da Federação Espírita Brasileira, e coordenada por Gabriel Nogueira Salum, Presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul. O tema central da conversa foi o da união dos espíritas e da unificação no movimento espírita. Em linhas gerais, as questões envolvendo união e unificação devem passar pelo aperfeiçoamento moral e o conhecimento doutrinário dos espíritas, desenvolvendo a capacidade de dialogar, e a vivência dos postulados doutrinários, introjetando esses conceitos nas atitudes diárias.
Fazendo parte das atividades de encerramento do 9º Congresso Estadual foi realizada uma bela apresentação artística, sensibilizando os expectadores. A cerimônia de encerramento, com a presença de todos os dirigentes executivos da FERGS, conduzida pelo seu Presidente, foi de agradecimento e reconhecimento pelo trabalho que muitos dedicaram a efetivação desse evento que contou com a participação de um pouco mais de 4.000 inscritos.
Divaldo Franco, convidado à tribuna, veiculou uma mensagem do Espírito Dr. Bezerra de Menezes dizendo que apesar da noite tenebrosa das paixões e do festival de loucura, com as almas em desespero e ameaças de caos, a noite densa vai cedendo lugar a madrugada, com a encarnação de entidades estelares, que mergulhados na sombra da matéria, vem cooperar para que a Nova Era se estabeleça no solo terrestre. O mundo pleno de corações retilíneos, rompendo-se a cortina físico/espiritual, implementará a paz.
O lema a ser vivido será o Amor e o trabalho será a exteriorização da fé, na construção planetária, através de etapas sucessivas. Para estar com o Cristo foi necessário estagiar nas zonas onde dominam as más inclinações. Renovando o entusiasmo, coloca-se o cristão a disposição do Mestre, abençoando as existências, entregues ao amor de Jesus. Ele é a solução final de todas as angustias. A catapulta do amor nos lançará ao alto cimo da imortalidade. Exultemos juntos, avançando com o Mestre, sob a misericórdia da Mãe Santíssima.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

domingo, 5 de novembro de 2017

Divaldo Pereira Franco no Rio Grande do Sul Porto Alegre

9º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, 04 de novembro de 2017
Divaldo Franco, voltando a participar intensamente do excelente Congresso Espírita do Rio Grande do Sul, atendeu inúmeras pessoas concedendo autógrafos, dialogando rapidamente, estampando sempre um belo sorriso, a despeito das fortes dores que experimenta por uma problemática no nervo ciático. Seu exemplo é comovedor, com sua bonomia característica, sinaliza aos atentos observadores que o próximo vem sempre em primeiro lugar, antes mesmo de si.
Concluída a etapa dos autógrafos, que se estendeu por duas horas, Divaldo foi entrevistado pelo Jornal Zero Hora e pela FERGS-TV. Ao jornal falou sobre as suas impressões a respeito das dificuldades em as pessoas agirem com mais amor nas relações, pelo pouco aprofundamento do autoconhecimento. Apesar das imensas dores que atingem a humanidade há, na atualidade mais ações voltadas ao bem, e uma busca por valores nobres, enriquecendo a vida, buscando a paz, sentindo-se feliz pelas realizações íntimas, vivendo com dignidade, servindo sempre, doando-se ao seu semelhante.
Para a FERGS-TV Divaldo falou sobre a violência e o amor, as tecnologias de comunicação interpessoais, os laços familiares corpóreos e os espirituais, o diálogo familiar e os reajustes entre seus membros. Como solução definitiva para a construção de núcleos familiares saudáveis e fraternos, cooperativos, será necessário o desenvolvimento do amor. Outros tópicos giraram em torno da esperança, da felicidade, do autoconhecimento, da aceitação das ocorrências da vida, em qualquer sentido, da livre opção entre a valorização da dor e o viver em estado de felicidade.
Na roda de conversa entre Gabriel Salum, Presidente da FERGS e Divaldo Franco, ficou evidente a necessidade de o homem alcançar a espiritualização. A espiritualidade transcende as religiões e o espiritualismo. Há no homem um gene divido, é a presença de Deus no ser humano, que vem sendo desvendado pela ciência. O esforço no trabalho, quando realizado com alegria, preenche qualquer vazio existencial. Na atualidade a família passa por dificuldades, o diálogo entre seus membros desapareceu e os filhos, em muitos casos, tornaram-se a segunda opção dos pais, que para suprirem a ausência dão-lhes coisas, esquecendo-se de que o principal é doar-se aos filhos, educando essas almas.
O espírita não pode descurar-se de seus filhos, devem apresentar a Doutrina Espírita para eles, dando-lhes uma oportunidade para espiritualizarem-se. Outro ponto foi a abordagem com relação ao uso de álcool e fumo, condenáveis em qualquer circunstância, destacou o nobre conferencista, pelos efeitos que produz naquele que consome e nos demais, em decorrência de seus desdobramentos. Com relação a preocupação aos valores amoedados, o dinheiro, o esforço em obtê-lo, não deve ser uma preocupação primária, mas secundária, tendo em vista que se a obra, o trabalho que se realiza possuir o selo divino, os recursos aparecerão. O dinheiro possui uma importância relativa, os indivíduos necessitam de paz, de simplicidade, de amor, de caridade. Os espíritas devem dar-se mais ao próximo, sorrindo, falando do evangelho, de Jesus, da imortalidade.
Divaldo destacou que na abertura do congresso estavam presentes os ex-presidentes da FERGS e outros abnegados Espíritos, bem como outros benfeitores que derramaram energias salutares sobre os presentes. Ao narrar a presença de diversos Espíritos, Divaldo destacou que eles estão preocupados com a união dos espíritas, sob pena de despedaçarmo-nos, abatidos pelo vendaval. Unir-nos para que as forças do mal não avancem mais. Foi um apelo aos dirigentes das instituições espíritas do Rio Grande do Sul, para que se quebre os pontos de vista, estabelecendo o único roteiro seguro, o da Doutrina Espírita, iniciando na própria casa espírita. Esse congresso espírita, dizem os Espíritos, deve ser o fundamento de uma nova era, tendo em vista que entidades perversas se uniram na erraticidade inferior para combater os espíritas e abater o trabalho do Cristo. É necessário estar vigilante, pois que se trata de uma verdadeira guerra.
Informou Francisco Spinelli, Espírito, naquela singela roda de conversa, que a grande luz parte do Sul para as alturas, lembrando o Pacto Áureo de 05 de outubro de 1949, num esforço para a unificação de todo o Brasil em torno dos postulados doutrinários. As forças ululantes se batem contra os cristãos novos. Os espíritas necessitam estar unidos para resistir.
Após o breve e frugal almoço, Divaldo voltou a atender o público, disponibilizando-se para os autógrafos, para os cumprimentos, para um rápido diálogo acolhedor e orientador.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
 

Divaldo Pereira Franco no Rio Grande do Sul Porto Alegre

9º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, 03 de novembro de 2017
O Movimento Espírita Gaúcho está participando do 9º Congresso Estadual do Rio Grande do Sul, realizado no período de 03 a 05 de novembro de 2017, nas instalações da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC-RS. A apresentação artística, com teatro e músicas, recepcionou o público, harmonizando e preparando os participantes para o momento solene da abertura do evento sob o tema: Espiritualidade nas Relações: para viver e conviver em paz.
Com os dirigentes da Federação Espírita do Rio Grande do Sul – FERGS -, e outras lideranças do movimento espírita nacional e do estado, e estando presente o convidado especial José Raul Teixeira, a mesa diretiva foi composta para receber o palestrante, humanista, médium e orador Divaldo Pereira Franco, de Salvador, Bahia.
Gabriel Nogueira Salum, Presidente da FERGS, saudou o público, acolhendo a todos, abrindo oficialmente o congresso, destacando a importância das antigas lideranças que legaram as bases do atual movimento espírita. Apresentou, também, a obra Espiritualidade nas Relações: para viver e conviver em paz, lançada nesse evento e que conta com artigos de diversos autores a respeito da temática do congresso, inclusive de conferencistas do congresso ora em desenvolvimento. Também foi lançada a web rádio da FERGS, já em pleno funcionamento.
Discorrendo sobre os horrores da II Guerra Mundial, Divaldo Franco, o Paulo de Tarso da atualidade, apresentou um episódio marcante vivenciado por Simon Wiesenthal (1908 - 2005), sobrevivente de campos de concentração. Quando a Alemanha nazista invadiu a União Soviética em junho de 1941, Wiesenthal e a sua família foram detidos. Passou quatro anos e meio em vários campos de concentração, como o de Mauthausen-Gusen, na Áustria, de onde foi libertado pelas tropas americanas em maio de 1945.
Wiesenthal, polonês e judeu, no campo de concentração de Mauthausen-Gusen, localizado próximo da cidade de Linz na Áustria, testemunhou o assassinato da sua avó e o embarque de sua mãe em um vagão de carga contendo mulheres judias idosas. Da família de Wiesenthal foram trucidadas 182 pessoas. Ele foi destacado para remover o lixo em um hospital para soldados alemães feridos na ofensiva dos aliados. No trajeto entre o seu alojamento e o hospital ele passava por um cemitério dedicado aos despojos dos soldados nazistas. Por entre as sepulturas, a enfeitar, foram plantados girassóis. Wiesenthal, ao passar por ali pensava: para esses monstros um cemitério enfeitado, à nós o martírio, o trabalho forçado, as câmaras de envenenamento, os fornos de cremação, as fossas coletivas, o desprezo.
Enquanto trabalhava na limpeza do hospital acercou-se dele uma enfermeira e certificando-se de que Wiesenthal era judeu lhe fez sinal para que a acompanhasse. Ela o levou para visitar um soldado alemão Karl Silberbauer, gravemente enfermo, coberto de ataduras, pútrido, ferido durante a ofensiva dos aliados, e que desejava falar com um judeu. Silberbauer tinha sido educado no cristianismo, porém, fascinou-se pelo discurso de Hitler.
Em fazendo parte da elite militar nazista, havia cometido vários atos de barbárie. Estava atormentado e arrependido em seu leito de morte. Após narrar as atrocidades que cometera, solicitou o perdão a Wiesenthal, um judeu. Deseja ser perdoado por um judeu, certificando-se que Wiesenthal era realmente um judeu. Simon Wiesenthal, diante de seu próprio sofrimento, não foi capaz de perdoar.
Karl Silberbauer fez outro pedido: que Wiesenthal procurasse a sua mãe e lhe dissesse que estava arrependido e que morrera cristão, o que efetivamente fez. Porém jamais perdoou o nazista. Essa história está contida na obra The Sunflower (O Girassol), uma autobiografia de Simon Wiesenthal. Ela foi escrita depois de um período de muito sofrimento vivido pelo autor. Fala-se tanto de paz, mas essa é tão rara! O indivíduo belicoso, a sociedade agressiva, os trabalhadores do bem cansados e o religioso indiferente à dor ainda não encontraram a paz.
Encerrando a narrativa, Divaldo perguntou: - Você perdoaria a Karl Silberbauer? - Seria realmente capaz de perdoar? Conduzindo para as reflexões sobre o perdão, refletindo sobre o quanto se fala de paz, inclusive com reuniões de lideranças mundiais influentes, conclui-se que a paz ainda não se estabeleceu, muito pelo contrário.  O perdão é essencial para a construção da paz, porém, quando se deseja perdoar, apela-se para a razão, e essa estabelece os parâmetros do equivocado, do crime.
Divaldo Franco aconselhou a perdoar em qualquer circunstância, pois a vítima merece ter paz: perdoando um criminoso, liberta-se do tóxico que foi injetado pelo bandido. Não se deve perder a razão de viver esperando uma vingança. O indivíduo merece paz, e para que a logre, é necessário que se perdoe.
Na atualidade, frisou o ínclito orador, a sociedade humana está vivendo um momento de terror e materialismo. O homem perdido de si mesmo age através de seus instintos vis, onde o amor é confundido com paixão, com posse, dominação. Falar de perdão, para muitos soa como a atitude de um covarde, fracassado. A paz é indispensável para a vida. Perdoar é não devolver a ofensa. É necessário que se estabeleça uma jornada diferente da de Wiesenthal, almejando, assim, o primado do perdão, da compaixão pelo outro. A verdadeira paz é a harmonia interior que nunca devolve aquilo que é danoso.
A vida perdeu o encanto porque o homem moderno perdeu o endereço de Deus. Apresentando as imorredouras lições do Cristo, os postulados da Doutrina Espírita e o desenvolvimento do amor pelo homem, Divaldo descortinou o caminho seguro para a paz, onde o homem encontrará novamente Deus, cultivando a alegria de viver, olhando para traz sem sentir vergonha. A preservação dos valores éticos, o esforço em domar as inclinações más, a iluminação das sombras íntimas, serão os alicerces do momento glorioso.
Esse congresso, frisou, está estruturado na paz, na harmonia. É preciso perdoar até doer, como ensinava Madre Teresa de Calcutá. O sentimento de ternura, do amor, é bálsamo purificador, preparando os indivíduos para a plenitude, para viver em paz e na felicidade. A Doutrina Espírita desceu dos céus para os corações doridos da Terra. À luz da caridade, tem o homem a possibilidade de imitar o samaritano, fazendo aos outros o que deseja para si. A proposta é a de nos amar uns aos outros, de perdoar e compreender. O exemplo que edifica, canta hinos de louvor a Deus. Com o Poema de Gratidão, Divaldo Franco encerrou seu brilhante trabalho, pelo qual foi aplaudidíssimo.
A FERGS homenageou-o como educador, ofertando-lhe, para a Mansão do Caminho, as almofadas com os motivos dos personagens da obra Conte Mais, cuja coleção foi doada para as crianças da instituição baiana.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke