domingo, 19 de março de 2017

Registro. Divaldo Pereira Franco no Paraná XIX Conferência Estadual Espírita. Pinhais, PR

17 de março de 2017
A Conferência Estadual Espírita, nos moldes atuais, teve início em 1994. Atualmente é um dos maiores eventos espíritas do mundo, reunindo cerca de 30 mil pessoas em 3 dias de evento, no Expotrade Convention Center, Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel, 10454 - Pinhais/PR, região Metropolitana de Curitiba. O tema central é: 160 anos de Espiritismo na Terra. Diversos palestrantes, desde o dia 13 de março, realizaram em treze localidades do interior, litoral e região metropolitana, diversas atividades, dando à Conferência Estadual Espírita essa dimensão estadual e decentralizada. A culminância do evento ocorre de 17 a 19 de março de 2017, em Pinhais.
A abertura, com a participação de notáveis líderes espíritas, conferencista e autoridades, teve a participação especial de José Raul Teixeira. Presentes, também, as diretorias da Federação Espírita do Rio Grande do Sul e da Federação Espírita Catarinense e outras lideranças do Movimento Espírita brasileiro e paraguaio.
O Presidente da Federação Espírita do Paraná, Adriano Lino Greca, abrindo a Conferência, destacou o lançamento de O Livro dos Espíritos, apresentando à humanidade, por Allan Kardec, em 18 de abril de 1857, a Doutrina Espírita, esclarecedora e consoladora, constituindo-se em a Terceira Revelação Divina.
Pelo sucesso alcançado, este ano foi lançado, na abertura da XIX CEE, o segundo volume da obra Vida e Valores, da Editora FEP.
Homenageando e agradecendo a trajetória de luz de Divaldo Pereira Franco que vem esparzindo bênçãos ao longo de setenta anos de trabalho em prol do esclarecimento, da divulgação e do acolhimento, foi divulgado um vídeo destacando seus feitos na tarefa de acolher necessitados e de esclarecer aos sedentos de saber e consolação. Divaldo Franco, orador, médium e educador, foi parabenizado pelas sete décadas de oratória constante, sendo aplaudido calorosamente de pé. Materializando essa homenagem, foi-lhe entregue uma placa em gratidão e homenagem pelo brilhante trabalho de iluminar as consciências ao longo de sua história.
Emocionado, Divaldo Franco agradeceu a homenagem com que foi destacado, transferindo-a à Allan Kardec, o egrégio codificador. Para si recebia o carinho e a ternura com que vem sendo destacado pelos paranaenses há sessenta e três anos, ininterruptamente.
Em magistral conferência, com o tema Imortalidade e Vida, Divaldo Franco, solícito e participativo, discorreu sobre o inevitável encontro com a morte do corpo físico, pois que dela não há quem possa se evadir. Falando sobre a imortalidade da vida, o orador e médium que fez de sua vida um hino de louvor ao Cristo, amando o próximo, citou o pensamento dos antigos filósofos que enalteciam e ensinavam sobre a imortalidade da vida e a sobrevivência do Espírito.
Jesus apresentou a mensagem do amor, da imortalidade, evidenciando através de Seu exemplo e de Seus ensinamentos a respeito da imortalidade que Ele tão bem destacou ao apresentar-se inúmeras vezes para um sem número de pessoas após a crucificação no Calvário, falando de um mundo inolvidável. A mensagem é de vida e de vida eterna.
Passando por Francisco de Assis e outros, o conferencista de Feira de Santana salientou os feitos de notáveis pensadores e cientistas, de varias escolas, descortinando uma realidade antes negada. O Espiritismo marcha ao lado da ciência, e vai adiante expondo o mundo dos invisíveis, ou o dos sem corpos físicos. Filósofos e pensadores de diversas correntes têm se aplicado, desde há muito, desenvolvendo conceitos sobre a vida, a imortalidade e o ser espiritual.
O desenvolvimento de escolas psicológicas resultou na criação da parapsicologia, da psicobiofísica, da psicotrônica e a psicologia transpessoal, cujas bases são semelhantes à Doutrina Espírita. A imortalidade, que dá sentido à vida, alicerça-se na comunicabilidade das almas, alçando o homem à vida espiritual. A imortalidade é o poema glorioso da vida porque dá vida a vida.
Sentir-se livre, imortal, dá ao homem a condição de ser servidor, dando-se ao outro. A mudança interior, através da vivência do amor, propicia aos indivíduos a plenitude, não permitindo que o mal dos maus lhe faça o mal. Jesus aguarda que cada um aceite o Seu convite de ir até Ele. Bendigamos a vida. A dor é o poema que Deus reserva aos eleitos, assim se expressou o Embaixador da Paz e da Bondade no Mundo. Em momentos de crise moral, existencial, é necessário viver conforme os ensinamentos crísticos. Declamando o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo encerrou a sua conferência sob intensos aplausos da multidão que o assistia.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

Registro. Divaldo Pereira Franco no Paraná Ponta Grossa

16 de março de 2017
Em noite agradável, Divaldo Franco se apresentou em Ponta Grossa para mais uma brilhante conferência, como vem fazendo ininterruptamente desde o ano de 1954 quando esteve pela primeira vez nos campos gerais. O Salão Social Arthur João de Maria Ribeiro, do Clube Princesa dos Campos – Clube Verde -, foi palco para mais uma grande confraternização dos espíritas paranaenses. Antes do evento o Sistema Brasileiro de Televisão – SBT- Ponta Grossa – realizou entrevistas com a escritora Suely Caldas Schubert, de Minas Gerais; Lúcia Moehlecke Flores, da Equipe do Livro Divaldo Franco, do Rio Grande do Sul; Demétrio Ataíde Lisboa, Presidente do Centro Espírita Caminho da Redenção/Mansão do Caminho; Jorge Godinho Barreto Nery, Presidente da Federação Espírita Brasileira, entre outras personagens; e Divaldo Pereira Franco que falou sobre o começo de sua mediunidade, o seu desejo de continuar na obra do bem, a transição planetária e o intercâmbio entre os mundos habitados, e a felicidade – a paz na intimidade do indivíduo.
Após bela interpretação musical ao som do clarinete, compuseram a mesa diretiva Luís Maurício Resende, Conselheiro da Federação Espírita do Paraná – FEP; Adriano Lino Greca, Presidente da FEP; Jorge Godinho Barreto Nery, Presidente da FEB; Edson Luiz Wacholz, Presidente da União Regional Espírita – 2ª Região; e Divaldo Pereira Franco. Presentes, também, outras autoridades do Movimento Espírita do Paraná e do Brasil. Comemorando antecipadamente os setenta anos de oratória – 27 de março de 1947 -, e nonagésimo aniversário de Divaldo Franco foi-lhe ofertada uma placa de agradecimento em nome da URE-2ª Região.
Iniciando a conferência para mais de dois mil presentes, em dois ambientes, Divaldo Franco discorreu sobre o conhecimento humano, desde a micropartícula ao macrocosmo, uma conquista notável, bem como a realização do pensamento humano. Estas conquistas, aliando a tecnologia e a ciência, prolongam a vida do homem sobre a Terra. As comunicações, pessoais e institucionais, se constituem em um avanço notável. Por outro lado, a humanidade experimenta, ainda, os flagelos das guerras, da violência de toda ordem, a miséria material e moral. A paz ainda se encontra distante dos corações e das mentes do homem moderno, carente de transformação moral, apesar de todos os avanços modernos.
Esquecendo-se de si para viver o mundo exterior, o homem deixou de viajar para dentro de si mesmo, descobrindo-se como um ser capaz de amar, possuidor de um sentido moral e psicológico para a vida, dando um significado ético, autoconhecendo-se e identificando a sua condição de ser psicológico.
Em faltando um significado para a vida, o homem está enveredando pelo caminho da depressão. Estima-se que haja 360 milhões de depressivos crônicos, e que em 2025 a depressão será a primeira causa de mortes através do suicídio, por absoluta falta de um sentido psicológico para a vida.
Rollo May, (1909 —1994) afirmava que a sociedade humana havia elegido como parâmetros para a felicidade o individualismo, o sexismo e o consumismo. Todos são caminhos de fuga para a realidade existencial. O homem moderno, cibernético está coisificando-se. Já não conversa mais, não dialoga, somente discute. Isolou-se, e a solidão instalada o consome.
O que fazer? Carl Gustav Jung (1875-1961), psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, escreveu em três dias e noites, freneticamente, o livro Resposta à Job, personagem mitológica da Bíblia, onde apresenta uma definição a respeito da consciência, destacando que o verdadeiro momento de consciência é quando o Ego toma conhecimento do SELF, do EU profundo. A busca pelo autoconhecimento levará o homem a construir-se mais equilibrado, responsável, amoroso. A família é o laboratório ideal. Voltar à família, construindo o genuíno lar é tarefa que todos devem realizar.
Emilio Mira y Lopez, (1896-1964), sociólogo, médico psiquiatra, psicólogo e professor, estabeleceu os gigantes devoradores da vida humana: rotina, ansiedade, medo e amor. São elementos presentes na vida de grande parte da humanidade, e que comprometem o equilíbrio integral - físico, psicológico e espiritual -, impedindo os indivíduos de alcançarem o estado de paz e felicidade. A falta de metas psicológicas profundas, de motivação, vivendo-se para o atendimento aos instintos básicos - comer, repousar e procriar -, em permanente estado de ansiedade, sem confiança em si mesmo e na providência divina, sem controle dos medos e de da libido, compõem o quadro ideal para as perturbações íntimas.
Joanna de Ângelis, Mentora Espiritual, estimula os indivíduos a realização de esforços para transformar esses gigantes perniciosos da alma. Em vez da rotina, ter uma vida dinâmica, variando as atividades, experimentando novas oportunidades; em vez de sucumbir aos medos, enfrentá-los, com o uso da audácia, da coragem; a ansiedade deve ser substituída pela confiança em si mesmo, na perfeita justiça e misericórdia divinas, que tudo provê, vivendo cada momento tendo a consciência do que está fazendo ou vivendo; a solidão deve ser substituída pela solidariedade – o solidário não é solitário -; e, por fim, educar a libido, para poder viver o amor mais puro, livre de conflitos e desequilíbrios perturbadores. É o amor vivido e exemplificado por Jesus de volta aos corações humanos, a Sua proposta é psicoterapêutica.
O amor é seiva de vida para se alcançar a felicidade. Deve-se compreender que a vida de cada um depende de outrem, constituindo a grande família universal. Não se resignar com o mal que grassa no seio da humanidade. É necessário quebrar essa rotina. A Mentora Joanna de Ângelis orienta para que os homens possam descobrir os invisíveis da sociedade humana, isto é, os desafortunados, os miseráveis, tanto material quanto moralmente. O amor deve ser dirigido, ofertado indistintamente, tanto para os amigos, como para os inimigos.
As condecorações dos cristãos verdadeiros são as cicatrizes do sofrimento, oriundas do burilamento a si mesmo, aparando as arestas agressivas. É necessário ser feliz, mesmo carregando as dificuldades, servindo sempre, principalmente aos familiares. O Espiritismo é o novo sermão do monte, construindo uma sociedade digna. É a doutrina que leva o homem a crer racionalmente. É a ciência e a religião unidas em prol da humanidade.
Quando o indivíduo perdoa, desalgema-se e trabalha em favor da humanidade, agasalhando pensamentos voltados para as virtudes, afastando-se dos pensamentos pessimistas e fomentadores do mal. Amar é tornar-se feliz. Assim foi encerrada a magnífica conferência em Ponta Grossa sob fortíssimos aplausos após a apresentação do poema Meu Deus e Meu Senhor.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke